31
dez
2018

Expectativas para o novo ano. Como lidar?



Todo fim de ano, faço o mesmo ritual... Penso no ano que passou e faço a minha "listinha" para o ano que está chegando! Acredito que a maioria das pessoas faz isso, né?!

Acho que esse ritual é o momento em que coloco na balança o que aprendi, o que passei e penso o que posso levar para a vida no próximo ano...

Li um texto faz um tempinho, do tarólogo Leo Chioda e peguei as duas dicas abaixo para compartilhar com vocês porque são ótimas!

REVEJA O QUE VOCÊ CONSEGUIU REALIZAR

Primeiramente, quais foram os seus maiores sucessos neste ano? Comece agora a anotá-los numa folha em branco, escreva sobre os momentos em que você foi realmente feliz ao fazer uma boa escolha. O que essas situações trouxeram a você? Satisfação, amor, sucesso, reconhecimento? Pense bem e escreva. É refletindo sobre seus sucessos que você se descobre capaz de realizar o que deseja, mesmo que algumas coisas necessitem de mais empenho ou de mais tempo para acontecer.

VALORIZE TAMBÉM OS FRACASSOS

As frustrações não são, como parecem, problemas a serem temidos. Pelo contrário, elas são a chave para você encontrar ainda mais força e descobrir o quanto você pode ser assertivo para caminhar na direção daquilo que deseja concretizar. Pense também: o que seria de você se todos os seus desejos se realizassem? Tal qual Alexandre o Grande, que descobriu o mundo todo e depois não havia mais nada a explorar, você daria um mergulho no tédio e perderia as esperanças de que algo novo viesse a acontecer ou surgir.
Acredite: é bom não realizar tudo o que quer. Até porque valem as sinceras perguntas:
  • Eu realmente quero isso? Por quê? Para quê?
  • O que isso vai me trazer de bom? Afeta mais alguém? Como?
É diante desses questionamentos que você pode fazer um balanço sobre como tem administrado os seus desejos e como lidar realmente com eles, sem pressa e sem medo de estar perdendo tempo com as investidas negativas da vida.

          Lidar com as expectativas é algo um pouco complicado afinal elas estão ligadas com a nossa imaginação, são formadas por nossos sentimentos e desejos e ás vezes dependem de outros acontecimentos e outras pessoas para serem realizadas. A expectativa consome nossa paciência e nosso "equilíbrio interno" e na espera de que nossas expectativas virem realidade ficamos decepcionados. 
         E como podemos equilibrar isso?
          Sonhar e ter planos para o futuro é bom e necessário, mas precisamos também viver o presente. Ás vezes nossas expectativas nos prendem a um futuro que talvez não chegue... Tenha muitos planos e sonhos, trabalhe para realiza-los, mas pense que talvez eles não se realizem e isso pode não ser ruim.
          Em 365 dias pode acontecer muita coisa e acontece! Não só coisas boas e precisamos ter a consciência de que tudo na vida é um aprendizado. Eu sei, é difícil, mas estamos em um processo de evolução pessoal e espiritual (por que não)todos os dias...
✰✰✰✰✰
Obrigada, 2018! Vem 2019!

Foto: canstockphoto
28
dez
2018

Nossas leituras em 2018 e metas para 2019 | Dica literária

Oi, vizinhos! Resolvemos listar aqui nossas leituras do ano de 2018.

Foram poucas? Sim, foram poucas. 
Mas ler é um hobby gostoso que compartilhamos e não fazemos isso por obrigação. O ano de 2018 foi um tanto complicado(pessoalmente falando!), por isso não lemos mais...

Estamos planejando uma meta de leitura para o próximo ano e talvez, no final do ano que vem, tenhamos uma lista maior e melhor!

Comenta aqui quantos livros você leu e qual foi o seu preferido!


Dos 35 livros lidos:

... 13 livros são de autores nacionais;
... 22 livros são de autores internacionais;
... 20 livros são digitais(e-book);
... 15 livros são físicos;
... 14 livros foram lidos pelo Rafa;
... 21 livros foram lidos pela Jú

A nossa meta de leitura para 2019 são 30 livros cada um! 


Nossa lista de livros lidos:


''Cabeça de vento-série - 3 livros'', da autora Meg Cabot -☆☆☆

''Um amor para nilo-Os mehmet-livro-2'', da autora Cássia Carducci -☆☆☆

''Espadachim de carvão e Espadachim de carvão e as pontes de Puzur'', do autor Affonso Solano - ☆☆☆

''Os relógios'', da autora Agatha Christie -☆☆☆

''Assassinato na casa do pastor'', da autora Agatha Christie -☆☆☆

''Ugly love-O lado feio do amor'', da autora Colleen Hoover - ☆☆☆

''Victoria e o patife'', da autora Meg Cabot -☆☆☆

''Eu-robo'',  do autor Isaac Asimov -☆☆☆

''A lua de mel'', da autora Sophie Kinsella -☆☆☆

''Choque'', do autor Robin Cook -☆☆☆

''O contrato'', da autora Melanie Moreland - ☆☆☆

''Depois do funeral'', da autora Agatha Christie -☆☆☆

''Bento'', do autor André Vianco☆☆☆

''A bruxa tereza-saga do vampiro-rei-vol.2'',do autor André Vianco - ☆☆☆

''Cantarzo'', do autor André Vianco - ☆☆☆

''O pé do diabo e outras aventuras de Sherlcok Holmes'', do autor Sir Arthur Conan Doyle - ☆☆☆

''Lucíola'', do autor José de Alencar - ☆☆☆

''Tristão e Isolda'', adaptado por Telma Guimarães Castro Andrade -☆☆☆

''O assassinato de Roger Ackroyd'', da autora Agatha Christie -☆☆☆

''O cortiço'', do autor Aloísio Azevedo ☆☆☆

''O signo dos quatro'', do autor Sir Arthur Conan Doyle - ☆☆☆

''Os senhores do norte-SÉRIE CRÔNICAS SAXÔNICAS - LIVRO 3'', do autor Bernard Cornwell - ☆☆☆

''A invenção de Hugo Cabret'', do autor Brian Selznick - ☆☆☆

''Poirot investiga''da autora Agatha Christie -☆☆☆

''Série Crônicas Saxônicas-livros 4, 5 e 6'' do autor Bernard Cornwell - ☆☆☆

''Água'', do autor Hilber Cunha  ☆☆

''Violetas na janela''psicografado por Vera Lucia Marinzeck de Carvalho( ditado por Patrícia) - ☆☆☆

''A casa torta'' da autora Agatha Christie -☆☆☆

''Ligações''da autora Rainbow Rowell -☆☆☆

"Kalciferum: demônios bruxas e vagantes" do autor Andrei Fernandes -☆☆☆



Livros favoritos de 2018

O livro favorito da Jú foi o livro espirita ''Violetas na janela''.


 O livro favorito do Rafa foi o e-book de fantasia "Kalciferum: Demônios, Bruxas e Vagantes".


Comenta aqui quantos livros você leu esse ano e qual foi o seu preferido!
23
dez
2018

Filmes natalinos para assistir com a família toda

Oi, vizinhos!
Natal
é tempo de passar com a família, né?
Pensando nisso indiquei cinco filmes disponíveis na NetFllix("Patrocina nós!") para toda a família assistir junta.




Aconteceu no Natal do Mickey
  
SINOPSE

Em meio a muitas brincadeiras e trapalhadas, a Turma do Mickey aprende mais sobre a importância e a beleza do verdadeiro espírito natalino.Duração: 1h e 5 minutos
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: Livre






Shrek bate o sino

SINOPSE

O Natal está chegando e Fiona está empolgada para passar seu primeiro Natal com Shrek e seus filhos. O problema é que Shrek não tem ideia de como se comemora essa data.
Duração: 28 minutos
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: Livre





Os fantasmas de Scrooge

SINOPSE

Com a morte de seu sócio, o miliário e muito mesquinho, Ebenezer Scrooge, recebe a visita de três fantasmas do Natal: do passado, do presente e do futuro. Cada um deles, levará o velho ranzinza para uma viagem que o ajudará a refletir melhor sobre sua vida passada e a escolha que fará para o futuro.
Duração: 1h e 36 minutos

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: +10





O Natal dos Muppets

SINOPSE

Ebenezer Scrooge, Caco - o sapo e sua turma encontram os espíritos do Passado, Presente e Futuro para aprender o verdadeiro sentido do Natal.
Duração: 1h e 25 minutos
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: Livre





Férias clássicas


SINOPSE

Glória, Alex Melman, Marty, Kowalski, Capitão, Recruta, Shrek, o Burro e vários outros personagens animados de ''Madagascar' e ''Shrek'' vivem novas aventuras em clima natalino.
São quatro episódios disponíveis na streaming.

Episódios e duração: 
1º episódio - ''Merry Madagascar'' - 22min
2º episódio - ''Dragons: Gift of the Night fury'' - 22min

3º episódio - ''Donkey's Carolin Christmas-tacular'' - 7min
4º episódio - ''The Madagascar Penguins in a Christmas Caper'' - 11min

Os nomes dos episódios estão em inglês, mas tem a opção de colocar o áudio e a legenda em português.
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: Livre



Gostaram das indicações?
Coloquem aqui nos comentários mais filmes para assistirmos.



P.s: Os filmes indicados estão disponíveis na data da postagem.
Após a data, é necessário confirmar se ainda estão no catalogo.
19
dez
2018

Kalciferum: Demônios, Bruxas e Vagantes - Andrei Fernandes | Resenha



Tomei conhecimento sobre o livro através de uma notícia no NerdBunker. Acesso o aplicativo todo dia e não costumo ver notícias sobre financiamento coletivo de livros. 

Vi que se tratava de financiamento para o segundo livro e decidi ler o primeiro depois que vi que Andrei Fernandes - o autor - foi aluno do Eduardo Spohr.

Sem brincadeira, que livro excelente. São poucos os livros que leio com tanto entusiasmo e que me dão aquele sentimento de que estou me despedindo de um amigo quando terminam.

Considerei uma fantasia urbana com um toque de terror para todas as idades. A leitura é fácil e somos agraciados com diversas referências como Rei leão, Bernard Cornwell, Inuyasha, Naruto, aventureiros do bairro proibido e outras de forma mais explícita ou não.

Um ponto bacana é o autor tratar a relação dos humanos com os demônios e seus contratos de forma muito mais simples e que não envolvem a venda da alma. O fato do demônio precisar de um contrato, ter que se atrelar a um humano e todo o contorno da "burocracia infernal" é simples, coerente e totalmente factível para a história.

Na história o mundo real, o infernal e possivelmente outros estão sobrepostos e os humanos em geral apenas não querem enxergar os eventos fantásticos a sua volta, ficando muito apegados a sua própria concepção e racionalidade. É outra solução simples do autor, que fazemos facilmente um paralelo com a nossa realidade. Não cabia na história uma reflexão mais profunda do personagem sobre ser completamente cético e agora ter um parceiro demônio, homúnculos faxinando sua casa e fantasmas passando pela parede, mas é um ponto a se pensar.

O livro pega toda uma mitologia, tona-a bem mais simples, tem boas referências a cultura pop, a grandes autores e uma grande inclinação para a ação, o que torna o livro bem rápido e agradável de ler. Aprendemos junto com o personagem principal, Rafael Branco, sobre esse novo mundo antigo, mas as características do personagem estão lá.

Por falar em características, uma delas é o humor em forma de ironia e/ou sarcasmo. Neste aspecto achei o livro muito bem dosado. Outro ponto, ainda falando de características de personagens é quanto a essência de cada um, ou do que esperamos que seja. A extrapolação da honra acima de tudo nos personagens nipônicos, as características de humanidade e, de novo, sarcasmo dos mundanos de cidade grande e do ser terrível (caótico e neutro) dos demônios. Apesar de trabalharem juntos, as características estão muito bem demarcadas. Quando um demônio entediado decide ir embora e largar tudo, não temos problemas em aceitar como uma postura totalmente coerente, nada forçada e que se encaixa na história.

Quanto a escrita do autor, achei simples, mas longe de ser simplória. Talvez algumas pessoas considerem um pouco detalhistas em algumas partes, mas me agradaram muito. Eu particularmente acho complicado falar sobre ser ou não detalhado demais, pois considero uma questão particular. Algumas pessoas são mais detalhistas e outras são mais objetivas. Especialmente na fantasia, onde normalmente se apresenta um novo mundo, o autor precisa dar ao leitor toda a base para que este se ambiente. Imagine ter um mundo na cabeça e controlar a ansiedade de por tudo no papel. Nem imagino!

O livro é excelente, como eu já disse. É rápido de ler, tem ação, é coerente e tem doses ótimas de ironia como pacto com o demônio ser equivalente a um contrato de estágio. Definitivamente quero homúnculos arrumando a minha casa!

Tive pena de terminar o livro. Este eu realmente degustei.




Autor: Andrei Fernandes


Kalciferum é o romance de estreia de Andrei Fernandes, que já teve contos publicados em coletâneas de autores nacionais. Além de escrever, Andrei também é o host do podcast Mundo Freak. Primeiro volume de uma série de fantasia urbana, Kalciferum é o primeiro título de ficção lançado pela Penumbra Livros.
16
dez
2018

Ligações – Rainbow Rowell | Dica literária


Só o amor é o suficiente para uma relação durar?


Em ''Ligações'', temos a história da Georgie McCool. Ela é roteirista de uma série de humor, tem quase 40 anos, é casada com Neal e tem duas filhas Alice e Naomi (Noomi).

Georgie e Neal são casados há bastante tempo e apesar de não admitirem estão passando por uma crise. Que na minha opinião começou antes mesmo do casamento. Por que?

Porque Georgie é workaholic e sempre colocou seu trabalho como roteirista na frente de tudo. E logo no começo do casamento Neal que trabalhava, mas ainda estava perdido sobre o que fazer(Quem nunca?!), resolveu que ficaria em casa para cuidar da primeira filha do casal, Alice, e da casa. Ficou combinado que Georgie ficaria trabalhando fora e Neal trabalhando dentro de casa. 


— Só porque você ama uma pessoa, isso não significa que as suas vidas vão combinar. […]— A vida de ninguém combina. Combinar é algo em que se trabalha. É algo que você faz acontecer. Porque ama o outro.” 

Anos depois...

Georgie e seu melhor amigo de faculdade, Seth, que também é roteirista estão trabalhando juntos em um programa há alguns anos e estão insatisfeitos. Eis que surge a oportunidade deles escreverem um programa próprio. E a entrega do episodio piloto e de mais quatro episódios deve ser feita até o final do mês de Dezembro e eles tem poucos dias para montar o programa.

Fácil para dois roteiristas experientes, mas Georgie já tinha combinado de viajar com a família para Omaha, onde a mãe de Neal mora.

Georgie comunica ao marido que decidiu cancelar a viagem de Natal para poder trabalhar com Seth e acha que Neal vai aceitar. Mas Neal decide que vai levar as filhas para passar o Natal com a mãe e diz que tudo bem se a esposa ficar. 

E a gente sabe que não tá tudo bem, né...

Neal e as crianças viajam e Georgie começa a perceber que está ''vacilando''.
Ela não consegue ficar em casa sozinha e decide ir para a casa da mãe e volta a dormir no seu quarto de quando era adolescente.

Por não conseguir falar com o marido pelo celular, ela pega um velho telefone fixo amarelo que tinha em seu antigo quarto e decide ligar para seu marido. Ela disca o número do telefone fixo da casa da sogra e Neal atende...15 anos no passado!

Sem spoilers a partir daqui.


A história se passa entre os dias 15 e 25 de Dezembro e é uma leitura rápida.

O livro tem aquela mensagem sobre reconhecer suas prioridades.

E falando sobre a crise no casamento deles, na minha opinião ficou parecendo que somente a workaholic Georgie era culpada por deixar a relação desmoronar...E eu acho que o Neal também tem sua parcela de culpa. O marido da protagonista se tornou um cara permissivo e deixou passar muitas coisas que não gostava por amar sua esposa. E nós sabemos o quanto isso pode ser prejudicial.





Autora: Rainbow Rowell
Título original: Landline
Título em português: 
Ligações
Editora: Novo Século

Págs. E-book: 304






12
dez
2018

Crianças na escuridão - Júlio Emílio Braz | Baú de livros



❝A mãe disse:
-Fica aqui que não vou me demorar.
-Promete, mãe?
-Claro que sim! Eu só vou comprar um quilo de arroz pra janta.
Ela mentiu. Ela não voltou. Fiquei sozinha.❞-Pág. 7

O livro do baú de livros de hoje é o ''Crianças na escuridão", do autor, roteirista e ilustrador mineiro Júlio Emílio Braz. Na história conhecemos Rolinha, uma menina de seis anos, recém abandonada pela mãe em frente ao supermercado e que vai viver (sobreviver) com mais sete meninas na região da Praça da Sé, em São Paulo.



No meio de tanta exclusão social, abandono, fome, abusos e violência, Rolinha nos conta como é sobreviver no meio de tanto sofrimento. Junto dela temos Doca-a ''líder'' do grupo e as meninas Santinha, Batata, Maria Preta, Maria Branca, Pereba e Pidona. As meninas vivem juntas em um barraco e catam lixo, vendem papelão, pedem esmola, cometem furtos...

O livro é dividido em quatro partes e Rolinha vai nos contando o que vai se passando.
Maria Branca decide ir com o cafetão Cai-Zé, Pidona vai para a FEBEM, Batata e Doca morrem. E Rolinha cresce e amadurece rápido demais para a idade, assim como todas as crianças de rua fugidas ou abandonadas a própria sorte (ou azar!).


❝A rua torna a gente pior, traz coisas bem ruins de dentro de nós. Quero matar. Não quero matar. Mãe. Mãe. Mãe.❞-Pág. 33



PERSONAGENS PRINCIPAIS


  • Rolinha: é a personagem principal, a que conta todos os fatos que ocorrem durante a história contada pelo livro. Tem seis anos no início do livro, e oito no final dele. Foi abandonada quando sua mãe disse que compraria um quilo de arroz para a janta e nunca mais voltou. Andou pelas ruas à procura de sua mãe, o que foi inútil. Estava chovendo e Doca tirou-a da rua e levou-a para a casa (feita com pilhas de papelão e restos de madeira) embaixo de uma ponte, onde viviam as outras garotas de rua. Foram elas quem colocaram este apelido em Rolinha.
  • Doca: é a "líder" das meninas, tem dez anos e todas vivem em torno dela. Isso porque é a mais velha e mais forte. Doca decide tudo, ela quem negocia com os compradores de papel e os homens do ferro-velho. Por isso, dentre elas, é a que mais apanha, dos policiais, de todos. Ela impunha leis para o grupo. Leis simples, mas duras: quem não trabalha não come. Doca era procurada, principalmente por Rolinha, quando a mesma queria algo. Há dias em que as meninas acham bom ter Doca como amiga, pois ela é dócil, como uma mãe. Todavia, há dias em que elas acham bom ficar longe de Doca, com sua cara amarrada, querendo briga. Ela fica assim principalmente quando Pegador aparece. Mas era a mais confiante entre todas, e sempre gostava de zombar das outras.
  • Batata: apesar de ser a maior do grupo, tem um ar fraco e doente. Ela anda sempre triste. É bem alta e muito calada. Não para de tossir.
  • Pidona: é baixinha e não gosta de pentear o cabelo. Não se sabe a origem deste apelido, mas ela prefere o mesmo que Severina, nome que ela odeia. Provavelmente é porque vive pedindo tudo, não importa o que nem a quem seja; ou porque ela vivia pedindo esmolas na Praça da Sé quando era mais nova (apesar de ser difícil imaginá-la mais nova). Entre todas, Pidona é a única que mora com a família, em Ferraz de Vasconcelos. Todo dia vai e volta. Leva o que ganha para casa e volta com a "cara amarrada", por vezes, inchada. Odiava os homens, e seu melhor amigo era Bacharel, um mendigo, talvez o único homem com quem ela conseguiu se entender bem. Ele lhe dava conselhos, e Doca, zombando, dizia que ela acabaria se casando com ele.
  • Santinha: tem esse nome porque todos acham que ela tem cara de santa. Doca também achou. É uma de "suas filhas", como dizem as outras garotas. Santinha não gosta de Rolinha, pois tem ciúme da atenção que Doca lhe dá. Sempre que tem chance, faz algo de mal com Rolinha, sem que ninguém saiba.
  • Pereba: era dentuça e tinha um olhar enfezado. Seus grandes dentes "saltam", uns sobre os outros, para fora da boca.
  • Maria Preta: esta é negra como a noite. É pequena, miúda, e vive rindo à toa.
  • Maria Branca: ela não é branca. Apenas é menos escura que Maria Preta, daí o nome. Ela tem a mesma idade que Doca, mas é Doca quem manda.
Personagens masculinos 
  • Pegador: tem treze anos. Só veem ele rindo quando está perto de Doca. Apesar de ser mais velho que ela, é mais baixo. Tem armas na cintura e todos sabem que mata rindo. Ele só fica calmo quando está junto de Doca. Ela tem algo que ele respeita, ela fala com ele olhando nos olhos, de igual para igual. Já os outros, fogem de seus olhos.
  • Bacharel: ninguém sabia como se chamava nem como chegara a praça. Era um mendigo e alcoólatra;
  • Cai-Zé, um dos cafetões da região;
  • Bombinha, o vendedor de drogas;
  • Morungaba, o truculento guarda da praça.



Título: Crianças na escuridão
Autor: Júlio Emílio Braz
Editora: Moderna
Páginas: 54

SOBRE O AUTOR

Júlio Emílio Braz nasceu em 16 de abril de 1959, na pequena cidade de Manhumirim, aos pés da Serra de Caparaó, Minas Gerais. Aos cinco anos mudou-se para o Rio de Janeiro, cidade que adotou como lar. É considerado autodidata, por aprender as coisas com extrema facilidade. Adquiriu o hábito da leitura aos seis anos. Iniciou sua carreira como escritor de roteiros para histórias em quadrinhos publicadas no Brasil e em outros países, como Portugal, Bélgica, França, Cuba e Estados Unidos.

Já lançou mais de 150 títulos. Em 1988, recebeu o Prêmio Jabuti pela publicação de seu primeiro livro infanto-juvenil: Saguairu.

Em 1997, o autor ganhou o Austrian Children Book Award, na Áustria, pela versão alemã do livro "Crianças na escuridão" (Kinder im Dulkern), e o Blue Cobra Award, no Swiss Institute for Children’s Book.



Além de ''Crianças na escuridão'', li do autor o livro ''Pretinha, eu?''. Ainda não consegui achá-lo na casa da minha mãe, mas estou procurando.

Já leu alguma outra história do autor? Comenta aqui.

Fonte da biografia:Global Editora


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