04
dez
2018

A casa torta - Agatha Christie | Resenha


Mais um livro da rainha do crime, mais um de nossa pequena e inicial coleção da edição feita pelo círculo do livro.

Primeiramente, sim, estamos tentando achar os livros da Agatha especificamente desta licença editorial. Por nada em específico. Ju e eu falamos uma ou duas vezes sobre termos coleção dos livros dela e gostamos das capas destas edições.


SINOPSE


O octogenário Aristide Leonides, dono de grande fortuna, é envenenado em sua mansão, onde vivia com toda a família — sua esposa, cinqüenta anos mais jovem, dois filhos, duas noras, três netos e uma cunhada. Qualquer um poderia tê-lo matado. O único motivo evidente é a fortuna deixada como herança. Mas parece pouco provável que alguém se dispusesse a sujar as mãos por causa do testamento de um velho em idade já tão avançada. Charles Hayward não tem como não se envolver na história: Sir Arthur Hayward, seu pai, é o comissário-assistente da Scotland Yard responsável pelo caso; e Sophia, com quem pretende se casar, é uma das netas da vítima. Portanto, Charles tem seus motivos para tentar solucionar o mistério.



RESENHA

Ler algum livro da Agatha Christie é sempre uma boa ou ótima experiência. Primeiro, porque os livros dela tem o poder de te tirar de uma ressaca literária e depois, porque é muito difícil algum autor passar tanta profundidade dos personagens com tanta sutileza. Este livro, por exemplo, possui 193 páginas e conseguimos captar as marcas das personalidades de cada personagem, sempre bem encaixado na história, nunca de forma gratuita.

Tenho particularmente duas opiniões conflitantes sobre os livros da autora. No final de algumas histórias, para resolver o caso, sabemos que Poirot detinha alguma informação que não foi passada ao interlocutor do livro, por 

isso não sabíamos dela, e assim o caso é solucionado, sem imaginarmos nada ... nadinha. Considero isso uma espécie de trapaça, sabe .... em contrapartida, apenas Poirot faz deduções brilhantes e como na maioria das vezes não é ele quem narra a nós, ficamos com o ponto de vista da pessoa "menos brilhante", por assim dizer. Então faz sentido - pelo menos pra mim - que as vezes a solução venha desta forma. Ainda me incomoda ... talvez seja porque nunca consegui descobrir o assassino antes dela contar ... coisa de ego, eu acho.

No caso de "A casa torta" não há "trapaça". Os personagens, como eu disse, tem suas personalidades e ao terminamos de ler, quando olhamos pra trás, percebemos que as características do assassino estão lá, que não demos importância a pequenas observações feitas que faziam todo sentido e que tinham potencial para nos por na pista do verdadeiro assassino.

No final, a autora sempre nos pega pela curiosidade e pressa em terminar o livro. Saber quem, como e porque o mais rápido possível nos engana. 

Escrevendo esta resenha me veio a situação. Será que se um grupo de pessoas fosse lendo algum livro dela, discutindo parte a parte, evento a evento, chegaríamos ao assassino ? Fica ai a dúvida.


Autora: Agatha Christie
Título original: Crooked house

Título em português: 
A casa torta
Licença editorial: Circulo do livro

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